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                   Imigrantes

 

IMIGRANTES COM A SITUAÇÃO REGULARIZADA

   Em 1980  era de apenas 50.750 imigrantes.

   Em 1999, atingiram os 191.143 imigrantes, e  no ano seguinte os 208.198 imigrantes. Com isto, constatava-se um elevado número de estrangeiros em situação ilegal (sem papeis), pelo que em Janeiro de 2001 foi lançado um processo de legalização.

   A situação não melhorou dada a contínua entrada de novos imigrantes, nomeadamente do Leste da Europa, Brasil e de África (Angola, Cabo Verde, Guiné, etc).

   Em Maio de 2002, contava-se já um total de 388.258 imigrantes legalizados. No final do ano os seu número ascendia a cerca de 438.699. Este valor continuou a subir ao longo dos anos, representando actualmente cerca de 5% da população residente em Portugal. 

 

IMIGRANTES CLANDESTINOS

   O último período de legalização extraordinária ocorreu em 20 de Novembro de 2001, quando segundo o governo teria sido atingido o número de imigrantes necessários para o mercado português. De acordo com a lei todos os imigrantes que entrassem posteriormente seriam considerados ilegais, não lhes sendo passada qualquer autorização de residência. A verdade é que as mafias, sobretudo do leste da Europa, continuaram a conduzir para Portugal dezenas de milhares de imigrantes clandestinos. O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) acabou por conceder só nos três primeiros meses de 2002, um total de 48.418 novas autorizações de permanência, quase o dobro dos 27 mil postos de trabalho previstos a 30 de Novembro. A  concessão destas novas licenças foi feita ao abrigo da Lei 4/2001 sendo justificada pela existência de contratos de trabalho válidos.  

   A situação dos imigrantes ilegais, sobretudo no Algarve, tornou-se nos últimos tempos particularmente problemática. 

   Quem lucra com esta situação são as mafias e todo o tipo de exploradores desta mão-de-obra. 

 

IMIGRANTES AFRICANOS

   As primeiras vagas destes imigrantes, provenientes das antigas colónias portuguesas, chegaram no inicio dos anos 70, quando rareou no país a mão-de-obra na construção civil. Tratou-se de uma imigração  promovida pelo próprio estado português, para compensar as faltas de mão-de-obra em resultado da emigração. Após o 25 de Abril o número destes imigrantes foi aumentando, sobretudo na década de 80 quando se tornaram num dos alvos das redes de trabalho ilegal.

   A principal comunidade é a cabo verdeana, cujo crescimento não tem parado de aumentar. Em 1980 residiam em Portugal 21.022 cabo verdeanos, atingindo em 2003 os 69 mil imigrantes legalizados.

   O total de imigrantes africanos, com a situação legalizada, ascendia em finais de 2002 mais de 120 mil pessoas, na sua maior parte provenientes dos PALOP´s (116 mil).

   O número de imigrantes ilegais é provavelmente o dobro, os quais vivem frequentemente em condições miseráveis, amontoando-se em bairros clandestinos à volta de Lisboa (Almada, Loures, Amadora, Sintra).  

 

IMIGRANTES BRASILEIROS

   No final da década de 80, aumentou o fluxo de imigrantes brasileiros, que usufruindo do regime de isenção de vistos para a sua entrada (como turistas). Dedicaram-se sobretudo a actividades no âmbito da  restauração, construção civil e comércio.

   Importantes redes clandestinas alimentaram o mercado da prostituição, não apenas em Portugal, mas em toda a Europa.

   Nos anos 80 o número destes imigrantes foi igualmente notório em actividades qualificadas, como a medicina dentária. 

   A sua principal concentração é na região da grande Lisboa.

 

IMIGRANTES DO LESTE

   A última vaga, em finais dos anos 90, provém dos países da Europa de Leste, com destaque para a Ucrânia, Moldávia, Rússia e Roménia.

   Esta imigração deveu-se sobretudo ao facto dos países do norte da Europa terem nos últimos anos fechado as suas fronteiras. Os países do sul da Europa, como Portugal e Espanha, onde se regista um grande desenvolvimento económico revelam crescentes carências de mão-de-obra. Redes de trabalho clandestinas alimentam o sector da construção civil em franca expansão. Muitos destes imigrantes esperam também encontrar em Portugal ou em Espanha, uma porta de entrada para outros países europeus.

   Estamos perante um  tipo de imigração com um elevado grau de instrução, muito superior à média portuguesa, mas que devido às dificuldades linguísticas foi inserida na construção civil, trabalhos limpeza e mais recentemente na agricultura.

   É frequente assistir-se em Portugal, a quadros altamente qualificados provenientes do leste europeu, a desempenharem trabalhos indiferenciados na construção civil, limpeza, agricultura, etc. 

 

IMIGRANTES ASIÁTICOS

   No anos 90, por via terrestre chegaram imigrantes da origem chinesa e da península industânica.

   Dedicam-se sobretudo a actividades de restauração e ao pequeno comércio.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

© 2013- Realizado por Ivo Delgado & Matheus Cruz & Miguel Valente

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